Você já ouviu falar em “Embedded Finance”? Ou “Finanças Embutidas”?
Confira o material que preparamos para nos aprofundarmos mais nesse conceito, isso ajudará a esclarecer algumas dúvidas sobre essa revolução que está atravessando o mercado.
O Embedded Finance ou no português propriamente dito, Finanças Embutidas, é o conceito que diz respeito a empresas que não necessariamente oferecem serviços bancários como seu core business, mas que podem ter sua proposta de valor totalmente transformada com este tipo de oferta.
Veja!
Há algum tempo, para que qualquer um de nós pudesse ter acesso a serviços financeiros como uma simples conta bancária, o caminho natural seria: escolher o banco certo depois de muito pesquisar e caminhar até a agência mais próxima com a cópia de alguns documentos separados em uma pasta, enfrentar uma fila de horas para solicitar a abertura da conta e esperar para ser aprovado.
Hoje, sem sair de casa, basta informar os dados em algum aplicativo, seja ele daquela loja de varejo que você compra todo mês ou do app de delivery, no qual você já está acostumado a pedir todos os dias para conseguir pagar uma conta, fazer uma transferência ou pedir um cartão de crédito.
O conceito de Embedded Finance é considerado a terceira onda da evolução que estamos vendo no mercado de serviços financeiros e é quando de fato há a verdadeira democratização dessa oferta.
Sistemas de pagamento disponíveis no mercado.
Como tudo está acontecendo…
A primeira onda, onde há predominantemente a existência de bancos tradicionais, diz respeito a um cenário em que o cliente final até tem acesso a uma oferta variada de serviços financeiros, porém eles não necessariamente atendem as suas necessidades. Isso porque o lançamento de novos produtos não é feito de forma incremental, com base em feedback dos usuários, mas sim devido a demandas e políticas internas desses grandes bancos. O processo de desenvolvimento dos produtos é longo fazendo com que ocorra uma perda de velocidade no time to Market, mas como a oferta do mercado é restrita, o consumo dos produtos é quase que orgânico.
Já na segunda onda, vemos o surgimento de players que unem finanças a tecnologia, como é o caso do exemplo do Paypal mencionado acima. Neste cenário a distribuição é nichada, porém a oferta mesmo enxuta atende aquela dor específica. O lançamento de produtos é baseado em dados. É neste estágio que começamos a perceber um movimento de integração entre fintechs e instituições reguladas como os bancos ou instituições financeiras e a proliferação de modelos de negócios como banking as a service.
Com o Embedded Finance e o nascimento de uma terceira onda, é nítida a continuação do modelo anterior: não apenas fintechs integram com as instituições reguladas, mas também qualquer empresa que já tenha uma carteira expressiva e uma plataforma operacional e une a sua oferta serviço financeiros. A ideia é que o cliente final saia o menos possível daquele ecossistema e consiga resolver grande parte das suas necessidades através da plataforma, gerando ainda mais dados e insumo para o lançamento de novos produtos.
Estima-se que principalmente big techs irão impulsionar essa tendência na próxima década com machine learning — representando 71% do total das atividades portadoras dessa aceleração e IoT com 49% das iniciativas.
O Bankly e sua estrutura de banking as a service, sendo uma plataforma tecnológica mas também regulada pelo Bacen (Instituição de Pagamento número 332) é um grande propulsor dessa tendência.