*Artigo escrito por Marilyn Hahn e publicado originalmente em sua coluna para o Money Times
Já pensou em uma empresa que oferece serviços financeiros, como uma conta, PIX, cartão de crédito ou até mesmo um seguro de vida, sem precisar contratar pacotes rígidos de um banco ou desenvolver uma fintech dentro de casa? Pois é. Essa é a proposta do Banking as a Service (BaaS).
A solução conhecida como BaaS viabiliza uma experiência personalizada e simplificada. Afinal, é possível uma empresa contratar esse serviço de acordo com o perfil do público e criar a própria oferta.
A transformação digital do setor financeiro ainda deve passar por algumas etapas nos próximos anos. Isso porque o mundo hoje vive em uma sociedade 5.0, em que os consumidores procuram mais conveniência, transparência e disponibilidade.
As pessoas são cada dia mais autônomas, gostam de maior controle e demonstram mais resistência às limitações de horário de funcionamento dos serviços. Atualmente, organizações de variados segmentos já estão aptas a oferecer uma gama de serviços financeiros ao mercado com o auxílio do BaaS.
Porém, na hora de colocar em prática essa oferta, é preciso estar atento a alguns pontos-chave cruciais para o sucesso do projeto.
A primeira coisa a se observar é como a solução pode gerar valor para sua empresa ou o seu cliente final.
Qual o objetivo de embutir serviços financeiro? Gerar receita, diminuir custos, gerar um engajamento maior na plataforma e atrair mais público ou todos os anteriores?
Foram feitas pesquisas suficientes para compreender o que os clientes de fato querem consumir? Entender como a oferta de serviços financeiros conversa com a estratégia da empresa no longo prazo e com a jornada do cliente final deve ser ponto de partida para tomar a decisão de acoplar o produto.
Apesar da integração por meio de um BaaS facilitar a entrada no mundo de serviços financeiros, é importante saber que durante a operação, todo o atendimento e experiência serão afetadas, já que esses produtos não são o core business da companhia.
A sua empresa deve estar preparada para atender um cliente que fez um PIX equivocado e busca entender o processo de como recuperar o valor transferido ou que tem dúvidas sobre o pagamento da fatura do cartão de crédito, por exemplo.
Decisão tomada, é hora de escolher o melhor provedor para acompanhar essa jornada. Na hora de contratar o Banking as a Service, é necessário pesquisar e analisar as soluções disponíveis no mercado pensando no longo prazo, já que algumas características da solução serão essenciais para a escalabilidade do produto. São elas:
Apesar do BaaS ser uma integração B2B, o approach deve ser B2B2C. Mas o que isso significa? Que você deve ser capaz de ter uma operação saudável e autônoma com todas as informações importantes para gerenciar qualquer tipo de interação com o cliente final. Dessa forma, é imprescindível que o provedor tenha soluções pautadas em eventos e que tenha um suporte robusto.
O fato é que essa tecnologia é democrática e uma tendência do futuro. Utilizar um BaaS para ofertar serviços financeiros pode significar acoplar uma solução sustentável e à prova de futuro, já que é possível estar sempre na vanguarda do digital banking: se amanhã ofertar uma TED não for mais tão interessante para o seu público, é facilmente possível trocar esse produto por uma oferta de PIX, adicionar crédito, seguros, investimentos e assim por diante.