Não precisamos ir muito longe para perceber o quanto as finanças mudaram nas últimas décadas, principalmente devido às soluções tecnológicas e inovadoras propostas com a chegada das Fintechs e dos bancos digitais. As mudanças são tantas e acontecem tão rapidamente, que acabamos nos esquecendo de como as coisas funcionavam antes.
Neste artigo, vamos relembrar algumas curiosidades históricas sobre finanças que só reforçam o quanto os serviços financeiros que utilizamos estão em constante evolução.
Muito antes de existirem as moedas bancos e sistemas financeiros como conhecemos hoje, as pessoas já realizavam trocas de produtos e mercadorias como forma de remuneração. Ao longo da história diferentes produtos foram utilizados dessa forma, como peles, carnes e o sal, por exemplo.
A origem da palavra salário vem daí, já que na Roma Antiga era dada uma porção de sal como pagamento aos soldados, por ser um produto que, além de ajudar na cicatrização, também ajudava a conservar e dar sabor à comida.
Apesar disso, nessa época ainda era muito pouco comum a ideia de que o trabalho deveria ser remunerado. A ideia do salário como remuneração só veio ganhar mais força na segunda metade do século 14, época marcada pelo declínio do poder feudal e desenvolvimento de nações-estado.
Apesar de muitos ainda utilizarem o termo caderneta de poupança, atualmente ele se refere a instituição em que a pessoa tem dinheiro guardado na poupança. Mas o que muitos não sabem é que quando surgiu, a caderneta de poupança era literalmente o que diz o nome: um caderno físico em que eram anotados os rendimentos.
Criadas em 1861 pelo imperador Dom Pedro II, juntamente com a Caixa Econômica Federal, as cadernetas de poupança tinham como objetivo remunerar depósitos com juros de 6% ao ano sob a garantia do governo imperial. Essa modalidade de investimento era destinada a pessoas de baixa renda e as cadernetas eram onde os bancários faziam anotações, todas manualmente, sobre as movimentações e rendimentos dos clientes, ajudando-os a poupar um pouco mais.
Se hoje vemos diversas mulheres trabalhando em bancos e instituições financeiras, saiba que esta imagem não era comum até meados dos anos 60.
A profissão de bancário era quase que exclusivamente masculina e mesmo depois que as mulheres passaram a trabalhar nas instituições, ainda ficaram por bastante tempo restritas aos cargos de atendimento ao público.
A foto abaixo mostra o funcionamento de uma agência bancária brasileira na década de 40, apenas com homens trabalhando.
Muito antes do advento dos cartões de crédito, Pix e das carteiras digitais, o cheque era um dos meios de pagamentos mais utilizados pela população brasileira. Para quem não conhece, os cheques são fornecidos em talões com várias folhas, que devem ser preenchidas manualmente ou por máquinas com os valores daquela compra.
Apesar de ainda serem bastante utilizados, segundo a Febraban, o número de cheques compensados em 2021 foi 93,4% menor se comparado a 1995, o que mostra a preferência da população por novas e mais tecnológicas formas de pagamento.
Apesar disso, tem muita gente que ainda não abre mão de seus talões de cheque, que são disponibilizados até hoje pelos bancos.
Você sabia que os primeiros cartões de crédito surgiram na década de 20? A invenção foi nos Estados Unidos, quando empresas privadas começaram a emitir cartões para permitir que seus clientes mais fiéis comprassem a crédito em seus estabelecimentos.
No Brasil, os cartões chegaram na década de 50, mas o acesso era restrito às classes mais abastadas da população e foi a partir dos anos 90 que o meio de pagamento se popularizou, com o surgimento de diversas bandeiras que disseminaram os cartões por todo o país.
Apesar de ser um meio de pagamento relativamente novo para a população em geral, é difícil pensar em um mundo sem os cartões de crédito, não é mesmo?